O poder curativo das vibrações sonoras e os efeitos da música no cérebro


Você já reparou que uma trilha sonora bem selecionada influencia diretamente no humor e disposição de quem escuta? A música tem o poder de mexer com nossas emoções e muitos estudos foram aplicados para responder quais são os seus efeitos no cérebro.

Ouvir a música certa pode trazer muitos benefícios para a saúde, estimular a memória e até me mesmo aumentar ou diminuir a produtividade. Então, sem mais delongas, vem comigo saber mais sobre o poder curativo das vibrações sonoras:

Música para aliviar a dor

Este estudo de 2014 buscou medir os efeitos analgésicos da música em pacientes com fibromialgia. Os resultados foram surpreendentes. Ouvir música agradável e relaxante reduziu a dor e aumentou significativamente a mobilidade funcional dos pacientes.

A fibromialgia é uma doença degenerativa que pode levar à incapacidade motora. Porém, o estudo concluiu que o uso da música aliado ao tratamento médico é capaz reduzir a dor crônica e frear o desenvolvimento da doença.


Música no pré e pós cirúrgico

Ouvir música é mais eficaz do que usar medicamentos prescritos para rezir a ansiedade antes de uma cirurgia. É o que apontam as pesquisas realizadas pela universidade de Montreal em 2013.

Esse estudo encontrou evidências convincentes de que a música pode desempenhar um papel importante de assistência médica em ambientes que vão desde salas de cirurgia à clínicas familiares.

Os pesquisadores descobriram que ouvir e tocar música aumenta a produção de anticorpos, fortalecendo o sistema imunológico.


Música para combater estresse e ansiedade

Ouvir sua música preferida libera uma substância chamada dopamina, responsável pela sensação de bem estar. É por isso que você fica empolgado ao ouvir uma música que gosta.

Porém, esse efeito pode prejudicar a concentração. Por isso que o mais recomendado é deixar para escutá-la nos intervalos ou fora do horário de trabalho.

Já músicas relaxantes podem aliviar o estresse diminuindo os níveis de cortisol, que é o hormônio liberado em resposta ao estresse. Ouvir sons da natureza como chuva caindo ou pássaros cantando, além de melhorar a capacidade de concentração, também tem efeito calmante.


Música e produtividade no trabalho

É comprovado que o ruído pode afetar e prejudicar a atenção no trabalho. No entanto, estudos apontam que a música de fundo no ambiente de trabalho pode aumentar a satisfação e a produtividade do trabalhador.

Essa pesquisa foi realizada com estudantes para medir a capacidade de atenção ao ouvir músicas  com e sem letra. Os resultados revelaram que a música de fundo com letras teve efeitos negativos significativos na concentração e atenção.

Por outro lado, melodias instrumentais e músicas clássicas podem ser o estímulo ideal para aumentar a produtividade e ser mais eficiente no trabalho. Sendo assim, enquanto as obras de Mozart são estimulantes da atividade cerebral, as melodias de Bach são indicadas para maior concentração nos estudos.


Música na recuperação de lesões cerebrais e AVC

De acordo com um estudo de 2008 do pesquisador finlandês Teppo Särkämö, pacientes com AVC que ouviram música nos estágios iniciais após um derrame apresentaram melhora significativa na recuperação. O estudo descobriu que a memória verbal já demonstrava evolução a partir da primeira semana pós-AVC em 60% dos pacientes que ouviam música.

Em 1973, um tratamento baseado em música chamado Melodic Intonation Therapy foi desenvolvido para ajudar sobreviventes de derrame ou pessoas que sofrem com afasia a se comunicar novamente. O objetivo da terapia é converter o canto em fala. De acordo com os resultados, embora esses pacientes não sejam capazes de falar, eles geralmente conseguem cantar, às vezes com a mesma fluência e clareza que tinham antes do início da doença.


Música na prática de exercícios físicos

Outro estudo interessante indica que a música pode aumentar a capacidade de se exercitar por mais tempo e com maior intensidade. Dessa forma, ouvir músicas empolgantes e motivadoras tem o poder de melhorar seu desempenho, tanto em atividades aeróbicas quanto em exercícios anaeróbicos (como musculação, por exemplo).

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